Valdilene Martins*
Vcs já perceberam que quando falamos sobre o machismo, sempre tem alguém pra dizer que estamos exagerando?
Sabem quem são essas pessoas que pensam assim? Adivinhem! As pessoas machistas ou que replicam o machismo, é claro!
Qual pessoa iria querer constituir provas contra si mesma, né?
As práticas machistas são milenares e estão tão naturalizadas que fica impossóvel de serem relacionadas!
Não é que agora tudo seja machismo, é que tudo sempre foi machismo e ainda é machismo…, a diferença é que agora estamos aprendendo a perceber isso e as pessoas que tem essas práticas como rotina, estão sendo expostas e a sanção social tem sido, muitas vezes, pesada!
O machismo está na educação familiar, na educação escolar, nas igrejas, no trabalho, nos sindicatos, nos esportes, no trabalho, na política, na nossa linguagem, na midia, enfim… o machismo está enraizado em todos os lugares e em todas as estruturas sociais.
Então, como fazer um machista perceber que suas práticas já não cabem mais, em pleno século XXI?
Como conseguir essa proeza, principalmente porque o machista nunca sentiu na pele as consequências do machismo se, por incrível que pareça, tem pessoas do sexo feminino que replicam as práticas machistas, apesar de sofrerem, na pele, as consequências delas?
De fato, é um trabalho muito complexo e árduo, que não tem como ser feito pelo Estado só… as famílias, as escolas, a sociedade em geral, as instituições, os movimentos sociais, enfim, cada pessoa individualmente tem que participar desta missão, e o prêmio será um mundo melhor!
*Valdilene Oliveira Martins
Advogada de família e criminalista, que atua exclusivamente na assistência jurídica de mulheres em situação de violência doméstica e familiar, presidente do Instituto RESSURGIR Sergipe
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